Brados, Clamores, Alaridos D´Alma
Ouço brados a lusco-fusco,
Agoniado a tempos,
Procuro encontrar por seus autores,
Descubro pelos retrovisores dos meus pensamentos,
Um distúrbio ambulante e tosco,
Espelho melancólico de momentos.
Sou eu que clamo?
Como o coaxar dos sapos em noites quentes.
Este som é do meu pranto?
Devora –me o ar pesado,
Igualmente peso eu neste ar candente.
A boca canhão de expiação presente.
Minha cômoda ideia de existência,
Mede, como os alaridos que procuro,
Atino que estão em minha mente.
Ensurdecem, que me serve eu já muda.
Pertencem a mim? Não consigo convalidar.
Sou poma seca triste murcha!
Sorver o leite de um verme exposto,
Para meu desgosto, sou minha contramão.
O róseo lábio que expõe o choro.
Pálido gosto de solidão.
Que trai seu eu, adultero chama.
Também inflama e clama compaixão?
Língua tatuada de verbos ausentes,
Os olhos delatam as letras mórbidas,
Soturno, reboto, mouco
Alma lívida, Alma rota
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