terça-feira, 15 de maio de 2012

frustração



Eis que fui vencida pelo ontem, 

e hoje que era tudo diferente,
Será igual ao antes.
Pensei e delirei uma vida,
e ela que retida apossou-se de mim,
sem perguntar aonde eu ia;
Tristeza agora eu sinto,
Amanhã gera pesadelo agora;
Não foi isso que pedi!
Vaguei por ruas diversas;
Esperança de encontrar,
Uma trilha nova.
Gastei a sola.
Me sinto a sola.
Perdi?
Me joguei!
E agora?
Deveria ter um final mais feliz.
Do que sei,
Do que sinto,
Me vejo nas mesmas situações que abominei.
A frustração camarada senta pede mais um copo,
Bebe comigo, ri, chora;
Ela paga as minhas contas,
Ela pões comida na minha mesa,
Ela cuida de meu filho,
E eu a amo por isso.
E eu a odeio muito mais por tudo que me tira!



quarta-feira, 2 de maio de 2012

Beijo



Beijo
Desejo ele com sofreguidão
Anseio, deliro, almejo.

Invejo, impacientemente, espero;
Amo-te, te amo, te amo.
Ardentemente.

Pulsa, pulsa, pulsa
Sinto batidas socando por dentro,
Respiração entrecortada

O bafo quente de seus lábios
Tão próximo...
Ahhh ahh...

O pensamento desconexo,
Perturbação ,
Os sons interrompidos
Ahhh ahhh...

Lábios aberto para te receber
A boca pronta para se enroscar
Língua, saliva, cobiça...

O corpo fala
Germina, ceifa, goza...
Eu espero... Nada, nada, nada.

Beijo,
Desejo ele com pressa,
Aguardo, espero, enlouqueço!

Vidas


Não disse nada;
Partiu.
Deixou tudo um caos;
Não voltou.
Adeus, só Deus;
Descobri... não existe.

Ficou pra trás;
Correu.
Não alcançou;
Chorou.
Descobriu tudo;
Derrota!

Ergueu ;
Suspendeu...parou no tempo.
NÃO!
Queria mais que isso;
Vida ensina;
Lições? Pesadelos!

Aqui, ali, angustia.
Eu sofro, tú sofres...
Quem sofre mais?
Entre os vivos,
Entre os mortos,
A dor é igual?

Falei, gritei, chorei;
Fiquei.
Peguei o caos;
Deixou tudo para mim;
Não fui, oh Deus
Já sei...Não existe!



Eu 18/12/2002


Meu olhar é noturno,
Sempre fui da escuridão;
Trago nos lábios e nas madeixas 
O negro que há em mim;
Se aprofundarem nos meus olhos,
Um poço sem fundo acharão;
Se emaranharem em meus cabelos,
As trilhas da noite vão seguir;
Em todo o meu corpo há vestígios,
Sim, minhas noites não tem luar,
E nas minhas matas
Que percorre todo o meu corpo,
Só existe o breu, o lucífugo véu;
Olhos abertos, olhos fechados,
De nenhum jeito me enxergaram;
Por que eu sou toda noturna,
Eu fui feita da escuridão.