F: O que você disse?
V: Nada....
F: Pensei que talvez você tenha...
V: Não, não disse.
F: Hum, e por a caso quer dizer?
V: Você está procurando respostas?
F: Sim, mas eu não as encontrei.
V: Percebo, e você quer saber se eu as tenho?
F: Não.
V: O que quer então?
F: Saber quem as inventou. As perguntas, sabe.
V: Por que isso te preocupa?
F: Por que estou a trinta anos procurando a resposta, a solução, a pessoa.
V: Tempo demais pensando, imaginando. O que você fez?
F: Segui sem nada, vez ou outra paro para verificar se achei algo, mas destes trintas anos, apenas duas vezes pensei ter encontrado alguma coisa, alias, apenas uma, a outra eu só queria acredita que tinha encontrado.
V: Ilusões não é? A tolice, ela está em toda parte, ela é o ar que respiramos. Não há o que encontrar, tudo que precisa fazer é acreditar.
F: Não, isto é ilusão, acreditar. Não posso acreditar se não vejo, não ouço, não sinto...
V: Ai está, sentir é a primeira coisa a fazer, mesmo que não exista nada. Está tudo dentro, interno, e o primeiro passo é sentir!
F: Eu estou doente, pois eu não sinto, não sinto nada!!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkk...vou rir para não chorar...poderia ser eu neste diálogo!
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