sábado, 2 de julho de 2011

F:/ V:


F: O que você disse?

V: Nada....

F: Pensei que talvez você tenha...

V: Não, não disse.

F: Hum, e por a caso quer dizer?

V: Você está procurando respostas?

F: Sim, mas eu não as encontrei.

V: Percebo, e você quer saber se eu as tenho?

F: Não.

V: O que quer então?

F: Saber quem as inventou. As perguntas, sabe.

V: Por que isso te preocupa?

F: Por que estou a trinta anos procurando a resposta, a solução, a pessoa.

V: Tempo demais pensando, imaginando. O que você fez?

F: Segui sem nada, vez ou outra paro para verificar se achei algo, mas destes trintas anos, apenas duas vezes pensei ter encontrado alguma coisa, alias, apenas uma, a outra eu só queria acredita que tinha encontrado.

V: Ilusões não é? A tolice, ela está em toda parte, ela é o ar que respiramos. Não há o que encontrar, tudo que precisa fazer é acreditar.

F: Não, isto é ilusão, acreditar. Não posso acreditar se não vejo, não ouço, não sinto...

V: Ai está, sentir é a primeira coisa a fazer, mesmo que não exista nada. Está tudo dentro, interno, e o primeiro passo é sentir!

F: Eu estou doente, pois eu não sinto, não sinto nada!!!!

Um comentário:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkk...vou rir para não chorar...poderia ser eu neste diálogo!

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