Perco-Me Entre Palavras
Afogando-Me Em
Dizeres Monossilábicos
Engulo Este Mar
Salgado De Dissabores
Entre Braçadas
Largas
Nado Contra Esta
Corrente
Que Segue Em Frente
Sem Saber Pra Onde
Sinto-Me Só De Tão
Mal Comboiada
Não Sigo A Boiada
Sou Gado Doente
Tentado No Rio
Deixado As Piranhas,
Mais Nada.
Abro Caminho Para Os
Imbecis
Arredo Na Foice, Na
Força, Na Fúria.
Sou Arremedo De
Gente Não
Sou Indigente
Inteligente
Abocanho A Vida De
Qualquer Maneira
Desprovido De Graça
Peço Clemência
Que De Todo Pecado A
Minha Demência
É Viver No Mundo De
Ideias E Amores
Que Triste Caminho
Este Meu
Sair Da Ignorância,
O Que Deveria Ser
Gratidão, É Pesar
Aflijo-Me Demasiado
Angustia-Me Ser
Assim
Que De Tanto
Amofinar
Penso Que A
Estupidez É Benção
A Bestialidade É
Infinita
Quero Crer Que A
Sabedoria Também
Em Um Momento De Fé
Infinda
Aguardo O Fenecer.