terça-feira, 5 de junho de 2012


Por favor não me toque,
Não desejo a sua suavidade sobre mim,
Morro a cada instante
E a todo momento
Já não posso viver assim
Mas só vivo deste jeito.
Alguém me julgou
Chamou-me de vítima
Nunca quis representar este papel
Nunca culpei ninguém pelas minhas dores
Apenas vivi desta maneira
Por que esta maneira me persegue
E eu não dou conta desta dor
Por isso devo escravizá-la em palavras
Por que elas me sufocam
A um ponto de desespero
eu sou o extrato puro do desespero
por que me espremeram até a gota
Não clamo por ninguém
Pois já não creio em nada
Estou a muito enlutada
Não é de agora
E este é o único jeito que conheço
De não enlouquecer
Por mais que eu peça, que suplique
Sei que estou dominada e isso me dói mais
Tanto que já não posso falar
Não posso pensar
Ah! Deus já não posso sentir além da dor. 

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