domingo, 15 de fevereiro de 2009

Utopia


Ah!!!!! Utopia, que delicia!

Quando a gente ainda não sabe o que vai ser de nossa vida , e pode imaginar de tudo....

Imaginar nós ainda podemos,;

Acreditar ufffaaaaaaaa, bem que eu queria

é bom demais ser ideologista, é bom demais ser sonhador,

Que maravilha acreditar em um mundo melhor;

Antes muito antes que a burocracia nos engula

que a realidade nos devore,

Antes que a gente abra os olhos, e não enxergue meios

como, onde, quando, por que?

Eu bem que penso em fechar meus olhos e ter novamente aquela vivacidade,

Ah! Quando as responsabilidades não são nossas, a gente não sabe o peso que elas tem.

Trabalhar o mês todo, dirigir uma casa, uma família, administrar as finanças, administrar a falta de finanças, administrar as frustrações, não deixar que o desespero nos engula, nos atormente, nos devore, ter fé. Ai que cansativo, mais ter fé é o principal, ou pelo menos , fingir que acredita ter fé, quando na verdade a fé , uhhhh, ela escafedeu-se.

E ainda ter de lembrar como falar, como ser educado, como se comportar, ah...e ajudar nas lições de casa dos filhos, eu já nem sei usar o português.

Claro o primordial , ser muito inteligente, e intelectual sempre. Não parecer um peixe fora dágua, mesmo quando se é um.

Nossa que dificuldade é viver não é mesmo!

Toda aquela sagacidade, mocidade, alegria...onde estão?

Você fez o que realmente gostaria de fazer na vida?

Existem muito mais vagas de vendedoras, do que de bailarinas, e sua vaga foi preenchida, sem nem ao menos você ficar sabendo que ela existia. E Aquele príncipe, que virou sapo? E aquele seu corpinho de 20 anos, cadê?

A sempre uma crise, seja no mundo, seja em casa, seja em você, em mim, em nós.

Ficamos duros, as vezes, muitas vezes secos...

Não posso falar por outras pessoas, mas eu me sinto assim, dura, seca, impenetrável.

Um pequeno lago, que não atingiu o mar, não transbordou com as chuvas, não floresceu encostas, e se perdeu de sua nascente, que secou.........que secou.

O rumo de minha vida não é nem de longe o que eu queria, as opções eram minhas, eu as escolhi, consciente ou inconscientemente, mas escolhi. Não gosto do que eu me tornei. Mais uma, apenas mais uma. Não tenho nada de meu, nada pelo que lutei, nada pelo que corri...fui seguindo, achando que um dia, um dia, algo iria acontecer de extraordinária, de maravilhoso, que pudesse mudar toda a minha vida, mas nada aconteceu, nada acontece, e eu continuo a escolher meus caminhos, sempre de maneira prudente, demente, incoerente, insuficiente, incompetente, esmagadora mente corretas, como um bom cidadão comum.

Comum!!!! Um fantasma Vivo Comum!

Ah!!!!!!! Utopia!